Prefeito de Boa Hora denuncia dívidas deixadas por gestão anterior e detalha impacto financeiro no município

O prefeito de Boa Hora, no Norte do Piauí, professor Dominguinhos, tornou pública a situação financeira crítica que encontrou ao assumir a administração do município. Em vídeo divulgado nesta semana, ele afirmou que herdou uma prefeitura “endividada e desorganizada”, o que tem dificultado a realização de investimentos e serviços essenciais.

Dominguinhos está no quinto mês de mandato e participou de reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, em Teresina, para negociar o pagamento de precatórios trabalhistas da prefeitura.

“Só este ano, estamos pagando cerca de R$ 355 mil em precatórios deixados pela gestão anterior. Já para o próximo ano, há uma previsão de R$ 1,5 milhão. Se não houver negociação, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é bloqueado automaticamente, o que compromete totalmente a gestão”, explicou o prefeito.

Além dos débitos trabalhistas, o município também enfrenta dívidas com a Justiça Federal, como uma Retirada de Pequeno Valor (RPV) de R$ 31 mil. Há ainda, segundo o gestor, um parcelamento com a Receita Federal de mais de R$ 1,5 milhão.

Outro ponto destacado por Dominguinhos foi uma dívida com a Equatorial Energia, no valor de R$ 2,6 milhões, parcelada em 60 meses. Ele afirma que está pagando atualmente uma parcela mensal de R$ 51 mil. O prefeito lembrou que, ao assumir o cargo, a sede da prefeitura estava com a energia cortada.

“No ano passado, tivemos que negociar R$ 500 mil só para restabelecer a energia. Todo dia 10 de cada mês, pagamos uma parcela de R$ 26 mil. E ainda temos mais duas parcelas de R$ 50 mil programadas para julho e dezembro”, afirmou.

O prefeito também ressaltou o cumprimento de um acordo com o sindicato dos professores, com repasses mensais de R$ 15 mil.

Diante da situação, Dominguinhos declarou estar comprometido em buscar soluções, mas enfatizou a necessidade de a população conhecer os obstáculos financeiros enfrentados pela atual gestão,

“Quero fazer uma boa administração, mas essas dívidas herdadas dificultam o nosso trabalho. As pessoas cobram com razão, mas precisam saber como encontramos o município. Estou de pé, firme, buscando soluções. Só quero transparência”, concluiu.