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Áudio revela suposta compra de votos envolvendo médico e vereador em Assunção do Piauí

Na gravação, o médico menciona um acordo financeiro envolvendo o pagamento de R$ 15 mil.

28/09/2024 às 15h22
Por: Ronaldo Mota
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Áudio revela suposta compra de votos envolvendo médico e vereador em Assunção do Piauí

Um áudio, atribuído ao médico Luciano Mourão, enviado ao vereador Manoel de Jesus Araújo Pinheiro, conhecido como Pinheiro (PT), de Assunção do Piauí, circula nas redes sociais e tem gerado polêmica.

Na gravação, o médico menciona um acordo financeiro envolvendo o pagamento de R$ 15 mil e a manutenção de benefícios por três meses para um homem identificado como Maurício, morador da localidade Olho d'Água.

O áudio começa com Luciano Mourão cumprimentando o vereador Pinheiro e, em seguida, detalha a proposta:  
*"Meu amigo Pinheiro, meu amigo, como é que você está? Boa noite! Meu amigo, diga para o homem aí, para o Maurício lá do Olho d'Água que é os 15 mil, entendeu? Ele vai receber os 15 mil. E os três meses de salário dele eu mantenho, viu? Pode dizer para ele. Outubro, novembro e dezembro, é por minha conta. Tem errada não."*

A gravação levanta suspeitas de uma possível oferta de vantagens financeiras em troca de apoio político, prática que, se confirmada, pode configurar um grave desvio de conduta ética por parte dos envolvidos e crime eleitoral.

Caso se confirme a autenticidade do áudio e a natureza da transação mencionada, tanto o médico quanto o vereador poderão enfrentar sanções pela suposta compra de votos, conhecida legalmente como captação ilícita de sufrágio, um crime eleitoral grave definido pela Lei nº 9.840/99.

De acordo com a legislação, é proibido doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor qualquer bem ou vantagem de natureza econômica, incluindo dinheiro, emprego ou função pública, em troca de votos. Se comprovada a oferta de vantagem em troca de apoio político, os envolvidos podem responder criminalmente, enfrentando penas que podem incluir a cassação do mandato e inelegibilidade, além de multa.

Esse tipo de crime é combatido rigorosamente pela Justiça Eleitoral para garantir a lisura e a legitimidade dos processos eleitorais no país.

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