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Polícia SUSPEITO É PRESO

Suspeito de matar cabeleireira com golpes no rosto é preso no Piauí

Aryadina Montenegro foi encontrada morta na manhã de 22 de julho, com o rosto repleto de hematomas causados por golpes de um objeto contundente

16/08/2024 às 09h33
Por: Redação Fonte: GP1
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Suspeito de matar cabeleireira com golpes no rosto é preso no Piauí

Um homem foi preso nesta quinta-feira (15) suspeito de matar a cabeleireira Aryadina Montenegro, de 23 anos. Em depoimento, o homem negou a autoria do crime.

Aryadina Montenegro foi encontrada morta na manhã de 22 de julho, com o rosto repleto de hematomas causados por golpes de um objeto contundente (como uma pedra ou um pedaço de madeira), a poucas ruas de casa, no bairro São Joaquim.

Segundo a delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o homem foi filmado pelas câmeras de segurança de um posto de gasolina na companhia da vítima, poucos minutos antes do crime.

Em depoimento, o homem confessou que é quem aparece no vídeo com Aryadina, mas negou que tenha matado a cabeleireira.

Ainda segundo a delegada Nathália, a motivação do crime ainda não foi esclarecidaA investigação continua.

Em entrevista durante o velório de Aryadina, em 23 de julho, a diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+/SUDH, da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Joseane Borges, comentou que o assassinato tem características de crime de ódio motivado pelo fato de ela ser uma mulher trans.

"Colhemos informações da vizinhança, e a gente viu que ela não tinha nenhum histórico de perversão na sociedade. Por isso que a gente está vendo que pode se tratar de um caso de transfobia", comentou Joseane Borges.

Aryadina Montenegro foi velada em um clube no bairro São Joaquim, Zona Norte de Teresina, com a presença de familiares e amigos no dia seguinte ao assassinato. Aryadina nasceu e cresceu no bairro São Joaquim, e foi assassinada a pouco menos de 1 quilômetro de distância da casa onde morava e onde funcionava seu salão de beleza.

Desconsolada pela perda, a mãe de Aryadina, que pediu para não ser identificada, relembrou em conversa com o g1 a última mensagem que recebeu da filha, e disse não entender porque a filha foi assassinada.

 

"Estou estraçalhada, destroçada. Só ficou a dor, a lembrança, a saudade, e a pergunta: por que fizeram isso? Por que judiaram tanto, por que essa perversidade?", perguntou a mãe de Aryadina.

Para a diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+/SUDH, da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Joseane Borges, o assassinato de Aryadina tem características de crime de ódio motivado pelo fato de ela ser uma mulher trans.

Segundo Joseane, Aryadina não tinha antecedentes criminais ou qualquer outro comportamento que pudesse gerar outra motivação para o assassinato cometido de forma violenta.

 

"Colhemos informações da vizinhança, e a gente viu que ela não tinha nenhum histórico de perversão na sociedade. Por isso que a gente está vendo de se tratar de um caso de transfobia", comentou Joseane Borges.

 

Joseane lembrou ainda que em 2023 o Brasil foi, pelo 15º ano seguido, o país que mais mata a população de transsexuais e travestis no mundo. "E eles matam pelo simples fato de existir. Essa é a única hipótese que temos no momento [de que o assassinato de Aryadina foi motivado por transfobia]", declarou.

 

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